
Hoje resolvi trocar as tão cómodas sabrinas e xinelas de verão (sem salto nenhum) por uns sapatos idênticos ao da foto.
Nas lojas,estes saltos entram-me sempre pelos olhinhos "adentro" e mesmo quando os calço,os primeiros 5 minutos são sempre de glória (sem uma pontinha de dôr).
Bom, mas hoje achei que era um BOM dia para calça-los. Ia visitar um novo cliente e tinha de causar boa impressão.
Saia travadinha,decote qb para depois não haver desculpas que não perceberam nada do que eu lá fui dizer(esta é para o psycho), sapatinho a condizer e ate um rimelzinho pus :-).
Confiante que ia com a lição bem estudada,lá fui eu segura e pela verdura. Aliás, pela verdura o caraças, pelas pedras da calçada à portuguesa. A calçada à portuguesa pode ser uma coisa linda linda linda, mas é a inimiga número um dos saltos fininhos dos nossos sapatos.
Antes de chegar às instalações da empresa, os meus sapatinhos lindos de morrer devem ter ficado presos na calçada umas 5 vezes. Tipo, o salto ficava preso e eu continuava a andar DESCALÇA (humffffffffff).
Bom, mas eu continuava a ir segura e confiante, tal Leonor.
Chegada à empresa, logo na entrada deparo-me com um enorme open space apinhadinho de gente a matraquiar nos teclados ou ao telefone, com cara de pessoas super aterefadas e competentes e sem grande paciência para percas de tempo.
Respirei fundo, ergui a cabeça e dei o primeiro passo. O segundo passo ja foi dado com o pé descalço, já que o raio do sapato tinha ficado outra vez preso na porcaria de tapete que eles tinham à entrada. Um tapete preto odioso cheio de tiras de um material mole.
Agora estava toda aquela gente do open space a olhar para mim com caras de...... nem sei que caras tinham eles, até porque me recusei a olhar. Eu estava mais preocupada a tentar desencravar o raio do salto daquele odioso tapete.
De saia travadinha, toda curvada a tentar resgatar o MEU sapato.(imagem deprimente,não?)
Conclusão, a reúnião até correu bem, mas o meu ego continua preso naquele estúpido tapete.